Tem dia que ficamos triste, normal, alguma coisa não saiu a contento, mas sabemos no íntimo que é só tentar novamente e aí vai acontecer como esperávamos, como estava nos nossos planos.
Outro dia, que por conta de algo que involuntariamente não deu certo, lficamos tristes , desanimadas, sem vontade de conversar, de ler, de atender o telefone, enfim... sem vontade de nada.Mas, felizmente tudo bem ou mal, acaba passando num determinado momento , depois de algum tempo, nos recompomos e criamos novas maneiras de nos livrar do que foi de alguma forma desagradável , foi um incidente à espera de tempos melhores.
Mas tem certos momentos que sentimos uma enorme vontade de sumir, de sair de órbita, de evaporar, se fosse possível, claro.
Isso acontece quando a dor é mais forte que a nossa capacidade de suportá-la, quando não nos sentimos preparadas para tal situação, é como se fôssemos atingidos por um tiro certeiro, algo tão doloroso que é capaz de encerrar um ciclo, algo que nunca mais será como antes em nossas vidas E aí o que fazer com tanta dor? Com uma dor que sufoca o nosso peito , tirando inclusive, a nossa condição de reagir, de buscar consolo ou de encontrar uma forte razão que justifique o porque aquilo aconteceu? Ninguém merece passar por tanto sofrimento, claro que não, mas se o acaso não existe, o que colocamos no seu lugar? Quem iremos culpar? Não sei responder, vai além da minha compreensão...
A dor que estou me referindo não é só minha, aliás tem alguém a vivendo mais intensamente, alguém é mais dono dela que eu, mas isso não
Invalida a minha, e eu agora só quero me calar, ficar um tempo bem quietinha. Estou procurando o melhor jeito de vivê-la e aceitá-la
de uma forma silenciosa, de contê-la dentro de mim. É necessário. Não tenho outra escolha.
Já passei por perdas, que me deixaram fora de mim por um longo tempo. Mas, experiências passadas não servem de consolo, cada historia guarda em si valores e conteúdos únicos.
Eu só quero superar a dor, preciso muito. Depois eu sei, a vida vai seguir e como das outras vezes , retomarei meu caminho, assim é a vida. A vida de todos. Não hã outra alternativa. O remédio para a superação se chama TEMPO.
Boa noite queridos amigos
Rio, 30 de janeiro de 2015